Pesadelo no emprego: Jovem é preso por engano no Ceará
Polícia cearense considera ele como líder de quadrilha de golpistas; Família apela por ajuda
Mais um caso de preso por engano. O jovem, de 21 anos, Lucas Vinícius da Silva Farias, é morador de Padre Miguel, na zona oeste do Rio de Janeiro, e foi para o Ceará após conseguir uma oportunidade de emprego numa empresa de empréstimos consignados.
Porém, a oportunidade de ingresso no mercado de trabalho acabou se tornando um pesadelo. Isso porque ele e outras seis pessoas foram presas pela Polícia Civil do Ceará, suspeitas de aplicarem golpes por meio de substituição de empréstimos consignados, no último dia 11 de junho.
A família de Lucas afirma que ele foi enganado por quem o contratou. Ele começou a trabalhar para a empresa no Rio quando surgiu a proposta no Ceará e ainda não concluiu o Ensino Médio.
Segundo a mãe do rapaz, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que seu filho seja o líder do esquema irregular de empréstimos.
O caso só ganhou repercussão porque a mãe do jovem, Marcella Leite, usou as redes sociais para contar sua história.
A família, que tem poucas condições financeiras para ir até o Ceará e se manter na cidade, acabou sendo procurada pela Defensoria Pública do Estado e por representantes da Comissão de Direitos Humanos.
Comovidos com o caso, a Defensoria Pública fluminense acabou acolhendo o jovem e seus colegas, e no dia 12 de junho passou a representá-los no processo.
O esquema, segundo a polícia, foi denunciado por um homem procurado pela companhia, que tinha um banco de dados de pessoas interessadas por empréstimo.
A empresa ofereceu um valor de empréstimo e o denunciante afirmou não ter fechado nenhum contrato, mas ainda assim recebeu cerca de R$ 27 mil da empresa.
A companhia, então, diagnosticou o erro e pediu para a vítima transferir para uma terceira conta, de Mario Luis Pereira, apontado como dono da empresa. Ele não está entre os presos. Enquanto isso, a família de Lucas luta para provar a inocência dele.
Até o momento, a audiência de custódia não foi marcada. A Defensoria solicitou à justiça cearense que converta a prisão em flagrante, em provisória ou conceda liberdade provisória com ou sem fiança.