No DF para visitar embaixadas, Lula fala em diálogo por vacinas
Ex-presidente ficará em Brasília até o fim da semana para marcar posição política por imunizantes
Antes de visitar embaixadas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na noite desta 2ª feira (3.mai) com deputados da oposição da Câmara, em Brasília. No encontro, o petista falou sobre a realidade do país e do Congresso Nacional e reforçou a necessidade de um "diálogo internacional" amplo com representantes de laboratórios estrangeiros e institutos para conseguir mais vacinas ao país.
Segundo o líder da minoria na Câmara, Marcelo Freixo (Psol-RJ), Lula falou em "empenho" para driblar motivos que impedem a entrada de mais imunizantes no Brasil. "O presidente quer agir diretamente em uma relação internacional para que a gente possa agilizar isso. E ter uma conversa com todos os institutos e fazer com o que... o que está brecando a entrada de vacinas hoje? Qual é o grande problema que a gente tem hoje no Brasil?", disse o deputado, na saída da reunião.
Além de Freixo, participaram da primeira agenda do ex-presidente os deputados José Guimarães (PT-CE), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Paulo Teixeira (PT-SP). Ainda nesta noite, Lula deve se reunir com representantes da Embaixada da Alemanha. Os encontros vão se estender até o fim da semana e o petista irá também às embaixadas da Rússia e da Argentina.
"Ele insistiu muito no tema da vacina. Daí a conversa com as embaixadas, mas também a conversa com os deputados comprometidos com a vida. O empenho para que a gente consiga vacina, que é o que pode salvar as vidas", completou Freixo. Lula pediu ainda um esforço para que a oposição consiga colocar um projeto em votação para que as parcelas do auxílio emergencial voltem a ser R$ 600.
Frente ampla em 2022
Outro assunto discutido na reunião foi a formação de uma frente ampla para as eleições de 2022 -- tanto para a Presidência quanto para o governo do Rio de Janeiro. De acordo com Freixo, Lula não colocou "dificuldade nenhuma" por parte do partido e "ouviu atentamente a realidade e mostrou disposição de fazer uma frente única, tanto para derrotar o presidente Jair Bolsonaro no governo federal quanto no Rio de Janeiro".
"Independentemente do que vai acontecer em 2022, a gente quer caminhar junto e vai fazer de tudo para isso. Mas é essa realidade da crise democrática brasileira e também do Rio de Janeiro. Derrotar Bolsonaro não é um projeto da esquerda. Derrotar Bolsonaro é um projeto civilizatório. É um projeto democrático, de vida. Então essa é uma responsabilidade que tem que ser de todo o campo progressista. O PT dentro dele é evidente", completou Freixo.