Brasil
Eterno candidato do Aerotrem: relembre a trajetória de Levy Fidelix
Fundador do PRTB, que morreu aos 69 anos, nunca venceu uma eleição, mas ficou famoso por projeto de transporte
Morto na noite de 6ª feira (23.abr), aos 69 anos, Levy Fidelix foi figura importante na política nacional, apesar de nunca ter vencido uma eleição. Ao longo de sua trajetória, disputou os mais variados cargos públicos -- de vereador a presidente -- e passeou pelos mais diversos campos ideológicos. Embora se considerasse conservador e tenha ganhado projeção nacional ao criticar relações entre pessoas do mesmo sexo, apoiou, em segundos turnos, duas candidaturas petistas. Seu ápice político veio em 2018, ao emplacar um representante de seu partido, o general Hamilton Mourão, na vice-Presidência da República.
+ Levy Fidelix, presidente do partido de Mourão, morre aos 69 anos
Mineiro de Mutum, Fidelix iniciou a carreira política em 1984, ajudando na fundação do PL. Em 1986, disputou sua primeira eleição para deputado estadual por São Paulo. Depois, chegou a candidatar-se também a deputado federal, mas não conseguiu ser eleito.
Em 1989, trabalhou na campanha de Fernando Collor à Presidência. Três anos depois, fundaria o PRTB, pelo qual disputaria, pela primeira vez, o cargo mais alto do país, em 1994.
Nos anos seguintes, concentrou sua trajetória em São Paulo, onde concorreu a prefeito, vice-prefeito, vereador, deputado federal e governador. Em 2010, voltou a disputar a Presidência da República, o que se repetiria em 2014 -- desta vez, apostando em um discurso mais conservador e tendo como marca um ousado e icônico projeto para os transportes: o aerotrem.
Em 2018, chegou a colocar-se como postulante ao Planalto mais uma vez, mas retirou a candidatura para emplacar Hamilton Mourão como vice na chapa de Jair Bolsonaro. Com o apoio do então candidato Bolsonaro, Fidelix disputou novamente uma vaga na Câmara dos Deputados por São Paulo, mas acabou sendo derrotado pela oitava vez em pleitos.
Sua última campanha foi no ano passado, quando disputou a Prefeitura de São Paulo. Terminou na 11ª colocação -- entre 12 candidatos deferidos --, tendo recebido 11.960 votos válidos, equivalentes a 0,22% do total.
Antes de entrar na política, Levy Fidelix atuou como jornalista, chegando a apresentar um programa sobre informática no SBT nos anos 1980.
Depois de passar a dar ênfase em bandeiras consevadoras, nas eleições de 2014 -- antes, havia apoiado candidaturas petistas em segundos turnos, como a de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo, em 2008, e a de Dilma Rousseff à Presidência, em 2010 --, Fidelix ganhou projeção nacional ao, durante um debate, dizer à candidata do PSOL, Luciana Genro, que "dois iguais não fazem filho" e que "aparelho excretor não reproduz", referindo-se a relações entre pessoas do mesmo sexo.
+ Levy Fidelix, presidente do partido de Mourão, morre aos 69 anos
Mineiro de Mutum, Fidelix iniciou a carreira política em 1984, ajudando na fundação do PL. Em 1986, disputou sua primeira eleição para deputado estadual por São Paulo. Depois, chegou a candidatar-se também a deputado federal, mas não conseguiu ser eleito.
Em 1989, trabalhou na campanha de Fernando Collor à Presidência. Três anos depois, fundaria o PRTB, pelo qual disputaria, pela primeira vez, o cargo mais alto do país, em 1994.
Nos anos seguintes, concentrou sua trajetória em São Paulo, onde concorreu a prefeito, vice-prefeito, vereador, deputado federal e governador. Em 2010, voltou a disputar a Presidência da República, o que se repetiria em 2014 -- desta vez, apostando em um discurso mais conservador e tendo como marca um ousado e icônico projeto para os transportes: o aerotrem.
Em 2018, chegou a colocar-se como postulante ao Planalto mais uma vez, mas retirou a candidatura para emplacar Hamilton Mourão como vice na chapa de Jair Bolsonaro. Com o apoio do então candidato Bolsonaro, Fidelix disputou novamente uma vaga na Câmara dos Deputados por São Paulo, mas acabou sendo derrotado pela oitava vez em pleitos.
Sua última campanha foi no ano passado, quando disputou a Prefeitura de São Paulo. Terminou na 11ª colocação -- entre 12 candidatos deferidos --, tendo recebido 11.960 votos válidos, equivalentes a 0,22% do total.
Antes de entrar na política, Levy Fidelix atuou como jornalista, chegando a apresentar um programa sobre informática no SBT nos anos 1980.
Polêmica
Depois de passar a dar ênfase em bandeiras consevadoras, nas eleições de 2014 -- antes, havia apoiado candidaturas petistas em segundos turnos, como a de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo, em 2008, e a de Dilma Rousseff à Presidência, em 2010 --, Fidelix ganhou projeção nacional ao, durante um debate, dizer à candidata do PSOL, Luciana Genro, que "dois iguais não fazem filho" e que "aparelho excretor não reproduz", referindo-se a relações entre pessoas do mesmo sexo.
